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Perfil:  José Mário Schreiner

“Se eu não trabalhasse para mudar a vida das pessoas do campo para melhor, não estaria reconhecendo a minha própria trajetória”

Leitura Estratégica por Leitura Estratégica
julho 5, 2025
em Perfil
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Perfil:  José Mário Schreiner

Fotos: Fredox Carvalho.

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Por Rafael Mesquita

Se tem alguém que viveu intensamente a agricultura brasileira nas últimas seis décadas, esse alguém é José Mário Schreiner. Seja ainda criança acompanhando o pai na pequena propriedade rural da família em Santa Catarina, seja agora, grande produtor de Goiás e um dos principais líderes classistas do Estado e do País.

O pai, Eurico, o levava, junto aos seus seis irmãos, para tirar leite no pasto todos os dias em Santa Cruz do Timbó, distrito do município de Porto União (SC). Na propriedade, Eurico também cultivava arroz, milho e soja. Mas algo chamou a atenção do ainda pequeno Zé Mário, com 6 anos de idade. Um técnico do órgão oficial de extensão rural do Estado de Santa Catarina (Acaresc) chegou em um jipe à propriedade da família para levar o conhecimento que influenciou o filho do seu Eurico pelo resto da vida. “Ele ensinou ao meu pai técnicas para aumento da produtividade com calcário e fosfato, algo moderno naquela época. O resultado foi muito bom. Aquilo me despertou bastante”, recorda.

A importância do conhecimento especializado na lavoura não saiu mais da mente de José Mário. Foi para o Colégio Agrícola, em Joinville (SC), fazer na época o chamado segundo grau (atualmente ensino médio) e se formar em técnico em agronomia e agrimensura. Terminado o curso, um novo desafio o esperava: ir para Goiás com um tio e tentar começar uma história na agricultura local.

Sonho goiano

Em 1965, uma tia-avó de Schreiner, que era freira, chegou ao Brasil vinda da Alemanha e prestava serviço missionário no interior de Mato Grosso. Quando foi a Santa Catarina visitar a família, profetizou ao avô de José Mário: o futuro do Brasil está no Centro-Oeste. Terras planas, bonitas e com chuvas chamaram a atenção da freira. E olha que a Região nem de longe lembrava o que é hoje. Se atualmente o agronegócio tem forte influência sobre a economia local, a agricultura de subsistência predominava naqueles tempos.

Anos depois, no início da década de 1980, o jovem Schreiner, com 18 anos de idade, chegava com o tio a Mineiros, no sudoeste goiano. Mal sabia ele que faria história na representação do agronegócio no estado. O começo foi difícil. Primeiro, vendeu adubo e calcário; depois, decidiu arrendar uma área de 30 alqueires para trabalhar com o irmão na primeira safra de soja, em 1984. O pai emprestou um trator para ajudar na lavoura.

“Resultado? Quebrei (risos). Naquele momento, pensei em desistir”, lembra. Mas, felizmente, conseguiu pagar o financiamento feito e expandir a produção.

Valeu a pena ter força para superar aquele enorme desafio. O jovem catarinense se tornou um grande produtor rural de Goiás, com plantações de soja, milho e cana-de-açúcar e atuação em quatro municípios goianos: Mineiros, Perolândia, Portelândia e Vila Boa. “Sou muito grato ao povo de Goiás. Não há um povo que acolhe mais que os goianos. Povo querido, família acolhedora. Não existe isso em outro lugar. Me considero goiano, com toda certeza”, emociona-se.

Luta classista e vida política

Foi justamente no Estado que tanto ama que José Mário se destacou defendendo a produção rural. Mas a participação em atividades associativas no segmento começou ainda nos tempos de Santa Catarina, quando foi presidente da cooperativa formada no Colégio Agrícola.

Em Goiás, participou da direção das associações de produtores de soja e de grãos de Mineiros. “Sempre vi a união como o ponto básico daquilo em que você acredita. Sozinho, você pode até andar mais rápido, mas juntos se vai bem mais longe”, avalia.

Nos anos 1990, iniciou a participação na mais importante entidade de representação do produtor rural no estado: a Federação da Agricultura de Goiás (Faeg). Primeiro como membro da comissão de grãos e, em 2000, assumiu um cargo na diretoria da entidade, tornando-se presidente pela primeira vez em 2008.

Atualmente, além da presidência do Sistema Faeg/Senar, ocupa o comando do Conselho Deliberativo Estadual do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae Goiás) e é vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “Eu sempre entendi que a participação das entidades de classe era questão fundamental para o sucesso da atividade agropecuária”, afirma.

Com tamanha atuação em entidades ligadas à agricultura, a política partidária se tornou inevitável, segundo Schreiner. “É um caminho natural. Você é empurrado para esse lado para que a classe tenha representação”, garante. A primeira vez que se candidatou a deputado federal, em 2014, não conseguiu se eleger. O objetivo foi atingido na segunda disputa, em 2018. Durante o seu mandato, participou da Comissão da Agricultura e de debates importantes na questão ambiental. “Práticas que não estão dentro da lei não são defendidas por nós (produtores rurais). Participei das discussões não baseado apenas na questão ideológica, como muitos parlamentares fazem, mas sim em defesa do bem do meu País”, diz.

Mas, ao final de 2022, veio a surpreendente decisão de não disputar a reeleição para se dedicar mais ao trabalho classista e à CNA. O apoio da categoria em Goiás foi dado à Marussa Boldrin, então vereadora de Rio Verde, no sudoeste goiano. “Ela era conhecida apenas no município, mas conseguimos elegê-la com mais de 80 mil votos em todo o Estado”, orgulha-se.

Por trás da decisão de deixar de disputar as eleições, além da intenção de se dedicar mais às entidades, estava outro motivo que preocupava José Mário, a família e os amigos: a saúde não estava bem e era preciso cuidar melhor dela.

Susto, fé, ciência e um recomeço

Em 2022, começava um período difícil da vida de José Mário. Mais um desafio que necessitaria de muita força para superar. Ele foi diagnosticado pelos médicos com obstrução de quase 90% da artéria descendente anterior (ADA). Trata-se de uma condição grave que pode levar a um ataque cardíaco (infarto do miocárdio). Foi necessária uma cirurgia com a colocação de pontes de safena e mamária. Problema resolvido? Nada disso. Somente nove meses após o procedimento, Schreiner descobriu que havia contraído uma infecção hospitalar durante a cirurgia.

O problema fez o presidente da Faeg ficar 30 dias internado em São Paulo, passar por quatro cirurgias e perder 27 quilos. “Nessas horas é que você percebe o que é realmente importante na vida. O resto fica em segundo plano. Nesses momentos, você para, reflete, vê amigos e familiares orando, naquela força maior. Isso é o que importa.”

Agora, José Mário está plenamente curado e comemora ter superado a luta pela vida: “Tudo isso foi graças a Deus, à família que me apoiou 100% e à ciência. Estou com energia redobrada para seguir as atividades do dia a dia.”

Apoio técnico ao pequeno produtor

José Mário levou mesmo para a vida aquela imagem, ainda na infância, do funcionário da empresa de extensão rural chegando à propriedade da família para auxiliar o pai com técnicas que contribuíram com o aumento da produtividade da lavoura.

Aos poucos, ele entendeu que isso transformaria para sempre a agricultura no País. A pesquisa foi fundamental para fazer com que o agro se transformasse no que é hoje. “O Brasil deve muito à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa, vinculada ao Governo Federal), tanto nos estudos relacionados à genética como a máquinas e equipamentos”, avalia. Ele destaca as mudanças que as pesquisas trouxeram, sobretudo para o Centro-Oeste. “Hoje, a maior produtividade da agricultura no Brasil está na nossa região, algo impensável anos atrás”, explica.

Mas o conhecimento e a tecnologia precisam ser democratizados e levados ao pequeno produtor, assim como aconteceu com o pai de Schreiner no interior de Santa Catarina na década de 1960. Por isso, a preocupação de oferecer assistência técnica aos produtores goianos por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). “Eu vivi essa transformação com a minha família. Se, atualmente, eu não trabalhasse para mudar a vida das pessoas do campo para melhor, não estaria reconhecendo a minha própria trajetória. Esse é o meu maior desafio de vida”, afirma.

São 700 técnicos do Senar espalhados por todo o Estado de Goiás. Cada um cuida de 30 famílias de pequenos produtores. Segundo Schreiner, a intenção é que, com a assistência técnica e o aumento da produtividade, os filhos desses produtores fiquem no campo e não precisem se mudar para procurar emprego na cidade.

Para ele, é necessário estender as mãos a essas famílias e mostrar o que é possível fazer. José Mário acredita que estar presente nas pequenas propriedades é inverter a lógica de que apenas o fiscal aparece ali para cobrar o cumprimento da lei. “Desafios enfrentamos todos os dias. Mas, quando observamos a transformação da vida das pessoas, essa é a maior alegria. Ao ver jovens animados a continuar e a trabalhar no campo, entendemos que realmente tudo isso valeu a pena”, conclui.

Tags: CNAJosé Mário SchreinerPerfilSebrae GoiásSistema Faeg/Senar
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