Nos últimos meses, a frase que mais ouvi foi:
“Agora que tem IA, qualquer um faz site.”
E sabe o que respondo?
“Sim. E qualquer um também pode comprar uma panela e não virar chef.”
A Inteligência Artificial chegou, e sim — ela escreve código, gera layout, organiza seções, até sugere cores.
Mas isso não significa que o trabalho está pronto.
Significa que o trabalho mudou de forma.
O site gerado não é o site publicado
Fazer um site com IA é fácil. Difícil é:
– Conectar ele ao domínio e e-mails.
– Otimizar SEO de verdade (não é só meta tag).
– Integrar com sistemas de vendas, CRMs, bancos de dados e automações.
– Publicar em servidores escaláveis com segurança.
– Configurar tracking, pixel, analytics, backups e certificados.
– Garantir velocidade, acessibilidade e performance real.
A IA entrega blocos. Mas quem constrói a casa ainda somos nós.
O que separa um projeto amador de um projeto estratégico?
É simples: ação profissional.
A IA acelera, sim. Ela te poupa tempo. Ela pode entregar o rascunho mais promissor que você já viu.
Mas publicar um sistema de verdade — que recebe tráfego, gera leads, vende, responde, envia, coleta, rastreia e escala — ainda exige:
-Experiência.
-Lógica.
-Estratégia.
-Teste.
-Erro.
-Ajuste fino.
E isso, meu amigo, não se aprende com prompt. Se aprende com projeto.
A nova era não acabou com profissionais. Ela acabou com os curiosos rasos.
Se antes o diferencial era saber usar a ferramenta, agora é saber como fazer ela trabalhar por você, dentro de um processo real.
Não é o fim dos desenvolvedores.
É o fim dos apertadores de botão.
Não é o fim dos designers.
É o fim de quem copia template e acha que tá tudo certo.
A IA democratizou o início, mas profissionalizou ainda mais o fim.
Se você quer um site bonito e vazio, a IA resolve.
Mas se você quer um sistema que funciona, escala e vende — bem-vindo ao mundo real: onde estratégia, integração e configuração ainda são os pilares invisíveis do sucesso digital.

Carlos Monteiro
CEO da CMX Tech e especialista em audiência digital