A taxa básica de juros da Economia subiu novamente nesta semana, mais 0,5 ponto percentual e chega a 14,75% ao ano, e acende uma luz de reflexão: será que o mecanismo monetário (mais taxa de juros, menos inflação) funciona bem como antes? Será que este modelo não está defasado? A questão maior é que a inflação de hoje tem novos componentes que não devem ser ignorados. A forte internacionalização da inflação – economias comoditizadas – é um fator que é subestimado pela política monetária. Já está passando da hora de uma reavaliação desta ferramenta para equilíbrio monetário.
SELIC 2025
A Selic subiu seis vezes seguidas – quatro delas em uma dose pesada de 1 ponto porcentual – e sabe o que aconteceu? A inflação ignorou, subiu. No mês passado, acumulava 5,49% para 12 meses, muito acima dos 3% da meta – mesmo com 1,5% de tolerância.
SELIC 2024
Quando o BC começou a subir a taxa de juros, em agosto do ano passado, a Selic estava em 10,4% ao ano. A inflação era 4,83% para 12 meses. Estava mais perto da meta que agora, mais de 5 pontos porcentuais a mais. Em vez de cair, a inflação avançou – e muito.
ATÉ QUANDO?
Após a mexida desta semana, quando a Selic atingiu o patamar de 14,75%, a maior taxa de juros básica do País em 20 anos, o BC deixou em aberto a possibilidade de nova altas da Selic nos próximos meses.
CIRCUITO FECHADO
Nossa triste rotina inflacionária. A economia cresce, amplia o dinheiro circulando sem crescer a produção (a oferta): os preços sobem. O BC eleva os juros, enxuga a liquidez e os preços, com menos compradores, voltam para o patamar anterior.
CIRCUITO ABERTO
A questão agora é que, ano a ano, a inflação se torna cada vez mais internacional. A oferta de produtos é afetada sazonalmente durante o ano por exportação e importação, principalmente nos itens de peso na inflação: combustíveis e alimentos.
BC ESMAGA PRODUÇÃO
Tentando, sem conseguir, conter a inflação, o BC eleva o custo do investimento para empresas e amplia endividamento e inadimplência das famílias. O BC esmaga a Economia sem arranhar a inflação. O preço é alto e, o resultado, pífio.
GERAÇÃO DE POBREZA
No Brasil, ter inflação sob controle é restringir o consumo elevando os juros ao limite. Com isso, reduz a liquidez da dinheiro da economia, o que, na prática, é ‘empobrecer’ a população e ‘encolher’ as empresas para controlar os preços. O Brasil é um modelo caolho de gerar pobreza.
DICA DA SEMANA
O desafio da produtividade
Poucos temas são tão relevantes na Economia brasileira quanto a produtividade. Foi o que motivou os economistas José Ronaldo de Castro Souza Jr. e Fabio Giambiagi a organizarem esse complexo trabalho sobre o tema, que ficou com o oportuno título: “O Desafio da Produtividade – Como tirar o Brasil da renda média.” O livro teve a contribuição de três dezenas de especialistas que avançaram no tema, sobre problemas associados a questões regulatórias, bem como baixo nível de competitividade e força de trabalho menos escolarizada, entraves comuns a economias em desenvolvimento.

Condomínio aberto com estrutura de fechado ganha espaço em Goiás
Uma nova tendência tem ganhado força no urbanismo e Goiás está entre os Estados brasileiros pioneiros no setor: os condomínios abertos com infraestrutura de condomínio fechado. O modelo, que já é comum em países como os Estados Unidos, propõe uma forma diferente de morar — mais integrada à cidade, mas sem abrir mão de conforto, segurança e lazer. Em Goiás, esse formato será adotado pela Rizzo Imobiliária, com o empreendimento Provence – localizado em Goiânia (GO), em frente ao Jardim das Oliveiras, a 15 minutos da Praça da Bíblia – o que a empresa enxerga como uma alternativa viável e sustentável para o crescimento das cidades.

Barão fecha lojas no interior
Com 23 anos de mercado, o Super Barão, da Rede Barão Supermercados, fechou lojas no interior do Estado, como as de Inhumas, Goianira e Jaraguá, e registra desabastecimento em várias lojas da capital e Região Metropolitana – apontada por consumidores. Até o fechamento destas unidades, o site da empresa apontava que a rede goiana tinha 26 lojas no Estado, com 12 na capital.
Monet, novo bar em Brasília, une arte e alta gastronomia
Brasília ganha um novo espaço, o Monet é um bar em formato speakeasy que une arte, alta gastronomia e coquetelaria autoral inspirada no mestre do impressionismo, Claude Monet. Capitaneada pelos empresários Pedro Cezar Gontijo e Marco Túllio Corrêa, o espaço fica na CLSW 301, Bloco C, Dakota Shopping, Sudoeste
Bretas reinaugura cinco lojas em Goiás
Em abril, cinco lojas da rede Bretas em Goiás – Veiga Jardim, Senador Canedo, Alphaville, Anhanguera e Garavelo – foram reinauguradas após passarem por diversas melhorias no layout interno e na comunicação visual. Entre as principais novidades está a transferência da seção de hortifruti para a entrada, garantindo uma melhor visibilidade dos clientes para o salão de vendas, que ganhou nova iluminação e painéis em LED. Neste ano, o grupo vendeu a operação de supermercado e distribuição do Bretas em Minas Gerais para a rede de Supermercados BH, por R$ 716 milhões. O braço goiano do Bretas ficou com o Cencosud, mas especula-se que pode vir a ser vendido no futuro para o próprio grupo mineiro.
