Como um apaixonado por gestão, gosto de imaginar um Conselho de Administração com Peter Drucker, Jack Welch e Ram Charan. Esses titãs da gestão trariam visões complementares, questionamentos profundos e contribuições transformadoras para garantir o sucesso e a perenidade de qualquer organização. Vamos adentrar esse sonho e explorar como seria essa atuação, suas pautas preferidas e impactos.
Peter Drucker: O Pai da Gestão Moderna
Drucker, com sua visão humanista e estratégica, focaria em pautas como propósito organizacional, inovação e gestão de pessoas. Ele provavelmente perguntaria: “Qual é a missão da empresa hoje, e como ela atende às necessidades da sociedade?” ou “Estamos desenvolvendo líderes para o futuro ou apenas gerindo o presente?”. Sua principal contribuição seria garantir que a empresa mantivesse um equilíbrio entre lucratividade e impacto social, enfatizando a gestão do conhecimento e a adaptação às mudanças. Drucker desafiaria o Conselho a olhar além dos números, priorizando a criação de valor sustentável e a descentralização para fomentar a inovação.
Jack Welch: O Líder da Execução
Jack Welch, ex-CEO da GE, traria uma abordagem pragmática e orientada a resultados. Suas pautas incluiriam desempenho operacional, eficiência e desenvolvimento de talentos. Ele questionaria: “Estamos eliminando a burocracia e acelerando a tomada de decisão?” ou “Nossos líderes são os melhores do mercado, ou estamos tolerando mediocridade?”. Welch insistiria em métricas claras, como o sistema “20-70-10” para gestão de desempenho, e cobraria uma cultura de meritocracia. Sua contribuição seria a obsessão por execução, garantindo que estratégias saiam do papel e gerem resultados, com foco em competitividade e agilidade.
Ram Charan: O Mestre da Estratégia Prática
Ram Charan, com sua expertise em estratégia e governança, priorizaria pautas como alocação de capital, gestão de riscos e alinhamento estratégico. Suas perguntas incluiriam: “Estamos investindo nos mercados e tecnologias certos para os próximos 10 anos?” ou “Como nossa estrutura de governança protege a empresa de crises?”. Charan traria um olhar global, conectando tendências macroeconômicas às decisões do Conselho. Sua contribuição seria a capacidade de traduzir visões complexas em ações práticas, garantindo que a empresa navegasse incertezas com resiliência.
Gosto de pensar que juntos, Drucker, Welch e Charan formariam um Conselho equilibrado e extremamente eficaz: Drucker com visão de longo prazo, Welch com foco na execução e Charan na conexão entre estratégia e prática. Eles debateriam intensamente, mas convergiriam em prioridades como inovação contínua, liderança forte e governança robusta. Suas contribuições garantiriam uma organização não apenas lucrativa, mas também adaptável, ética e preparada para o futuro.
Ronaldo Guedes,
Sócio da Lure Consultoria, coordenador do Núcleo Centro-Oeste do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), presidente do Comitê Estratégico de Empreendedorismo da AMCHAM Goiás, presidente da Câmara Setorial de Governança Corporativa da ACIEG, autor, palestrante, professor de graduação e pós-graduação nos temas de Governança Corporativa, Planejamento Estratégico, Gestão, Controladoria e Finanças, conselheiro, mentor e consultor empresarial tendo atuado por mais de 15 anos na profissionalização e melhoria de mais de cem empresas.
