Por Marcela Zaidem
Cultura é o jeito como as coisas são feitas, todos os dias, com ou sem as lideranças por perto. E ignorar isso custa caro. De acordo com a PwC, 69% das empresas afirmam que a cultura organizacional é o que dá vantagem competitiva em momentos de mudança. E mais, companhias com cultura forte têm dez vezes mais chances de alcançar performance financeira acima da média, segundo a Deloitte.
Portanto, quem ainda enxerga cultura organizacional como algo intangível ou “do time de pessoas”, está deixando dinheiro na mesa e, provavelmente, criando ruído onde deveria haver clareza. Apesar de o conceito “cultura organizacional” ter começado a ser tratado de forma mais abrangente na década de 80, com elementos como valores, crenças, histórias, mitos e condutas pessoais, ainda existe grande dificuldade de trabalhar o dia-a-dia, saindo da alta direção e fazendo parte dos costumes do grupo como um todo.
Por isso, vem crescendo muito por parte dos empreendedores a procura por especialistas com esse olhar apurado e conhecimento para transformar e consolidar a cultura organizacional na prática. É importante desconstruir a ideia de que cultura é subjetiva e mostrar, com método e dados, que cultura é comportamento. E comportamento se mede, se molda e se transforma.
Desta forma é possível criar ambientes de alta performance, onde o alinhamento entre times, comportamentos e estratégia se traduz em crescimento real faturado.
Neste processo também está a formação de líderes com maturidade para olhar para suas equipes com profundidade, construir culturas consistentes e dar clareza ao que é esperado das pessoas dentro das organizações.
Um dos pontos que precisamos olhar em tempos de IA, por exemplo, é que o tempo economizado com o uso da tecnologia precisa ter propósito. Um levantamento da Salesforce, com um universo de 5 mil trabalhadores, mostrou que apenas 30% realmente maximizam o uso da IA, enquanto 20% a utilizam sem o conhecimento dos gestores, temendo represálias. Mostrou também que metade das pessoas observa a IA com interesse, mas não a adota totalmente devido à falta de diretrizes claras.
Ainda existe um longo caminho para que as empresas entendam como o olhar para a cultura organizacional pode ser um divisor de águas dentro de uma empresa, mas muito já está acontecendo. A CNP People Solutions, por exemplo, uma consultoria sob medida especializada em impulsionar os resultados das empresas através de pessoas, já está solidificada na região sudeste e agora chega ao Centro-Oeste mantendo parcerias com empresas como a KBL Contabilidade, uma boutique contábil sócia-membro do Tax Group, que atua fortemente em indústria, comércio e serviços.
Além de investir na cultura organizacional dentro da empresa, a KBL foi um importante parceiro no primeiro CNP Hub Goiânia, com o tema “Como construir empresas que crescem e marcam gerações”. Que venham mais encontros como esse para uma troca rica, direta, sem fórmulas prontas, mas com muito conteúdo prático para quem está no dia a dia da operação. Afinal, está na hora dos grandes líderes entenderem que cultura organizacional, definitivamente não é papo de RH.

Marcela Zaidem,
psicóloga, fundadora da CNP People Solutions