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Terras Raras: a mineração abriu caminho. Quem vai seguir?

O Brasil já revelou o potencial de suas reservas. Agora, a indústria precisa se mover para transformar essa riqueza em soberania tecnológica — ou verá a sua produção atender à demanda global

Leitura Estratégica por Leitura Estratégica
setembro 20, 2025
em Negócios
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Terras Raras: a mineração abriu caminho. Quem vai seguir?
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Se o futuro pertence à transição energética, o presente já está sendo moldado por ela. O Brasil não está fora desse mapa – graças à mineração, que assumiu riscos, investiu em pesquisa geológica e, agora, apresenta ao mundo reservas significativas de terras raras, elementos essenciais para tecnologias limpas e sistemas de alta performance.

Com apenas uma operação em atividade — a Serra Verde, em Goiás — o País já demonstra capacidade de produção. E mais: tem potencial para atender até 30% da demanda global por elementos críticos como neodímio, praseodímio, disprósio e térbio. Mas essa capacidade ainda está concentrada na fase mineral da cadeia.

A mineração fez a sua parte. O desafio agora está na indústria.

Hoje, o Brasil ainda não possui uma cadeia industrial estruturada para transformar os óxidos de terras raras em metais, ligas e produtos de alto valor agregado. A transformação ainda é incipiente. O conhecimento técnico existe, com avanços significativos em centros como CETEM, IPT e SENAI, mas ainda não foi convertido em escala industrial capaz de fechar o ciclo produtivo no País.

Sem esse próximo passo, a produção brasileira inevitavelmente seguirá para o exterior, atendendo à crescente demanda global — que busca alternativas à China, líder absoluta nesse mercado.

Foi com esse pano de fundo que o evento “Terras Raras: da mineração à fabricação de produtos tecnológicos de alto valor agregado”, promovido pelo Sindicato da Indústria da Mineração de Goiás e Distrito Federal (Minde) e pelo Senai, reuniu em Goiânia especialistas, empresas e instituições de pesquisa para discutir como transformar esse ativo mineral em soberania industrial.

Luiz Vessani, presidente do MINDE

Com apresentações vindas de quatro estados, o consenso é claro: o Brasil precisa agir agora para integrar sua cadeia produtiva e capturar valor. A oportunidade está posta. O risco de perdê-la também.

A natureza fez a sua parte. Agora é a vez do Brasil 

Marcelo Carvalho,  CEO da Meteoric Resources, foi direto ao ponto: “Temos depósitos que o mundo inteiro gostaria de ter. E eles ainda estão no chão.”

Ele aproveitou para fazer um alerta e um convite: “Criar uma cadeia de suprimentos de materiais de terras raras ocidental, sustentável, integrada  e de origem brasileira”, declarou.

Marcelo carvalho

O executivo destacou a urgência de romper a dependência quase total da China nesse setor — que, hoje, concentra mais de 90% da produção mundial — e transformar o Brasil em um player estratégico no fornecimento de materiais críticos.

Segundo ele, as reservas brasileiras — especialmente em Goiás e Minas Gerais — estão entre as mais promissoras do mundo. Em destaque, os depósitos iônicos, formados ao longo de milhões de anos por processos naturais, que permitem uma extração mais limpa, com menor custo operacional e impacto ambiental reduzido.

“A natureza já fez o trabalho por nós. Basta usar uma solução de sulfato de amônio para extrair os minerais. O custo de capital é cinco vezes menor e o custo operacional, sete vezes inferior aos métodos convencionais.”

Um dos exemplos é o Projeto Carina, em Nova Roma (GO), que, segundo Carvalho, pode responder sozinho por 10% da produção atual de disprósio e térbio na China — dois elementos essenciais para motores e turbinas.

Apesar do potencial, ele reforçou: “Esses depósitos precisam sair do chão.”

Para isso, defende previsibilidade no licenciamento ambiental, acesso a financiamento, políticas públicas assertivas e o fortalecimento da cadeia industrial nacional.

Tecnologia nacional: o elo que falta para fechar o ciclo

O Brasil não parte do zero. Segundo o pesquisador Ysrael Vera, do CETEM/RJ, o país já domina processos laboratoriais e em escala piloto para a separação e purificação de elementos de terras raras.

“A tecnologia está aqui. O desafio é levar isso à escala industrial.”

Vera destacou os avanços na aplicação de métodos hidrometalúrgicos, desenvolvidos em parceria com o setor produtivo, voltados à individualização dos elementos — uma etapa decisiva para gerar valor.

Mas o gargalo mais crítico permanece: a metalurgia.

André Nunis, do IPT/SP, explicou que separar os óxidos não é suficiente. É preciso transformá-los em metais, ligas e produtos de alto valor agregado, como os ímãs permanentes usados em motores elétricos.

O IPT já domina, em escala laboratorial, a rota de produção da liga NdFeB (neodímio-ferro-boro) — base dos ímãs de alto desempenho. O processo inclui hidretação, moagem, orientação, compactação e tratamento térmico.

“Sem uma planta nacional de referência, continuaremos exportando matéria-prima e importando inovação. É aí que o Brasil perde o jogo.”

MagBras: o projeto que prova que é possível

Diante desse cenário, o projeto MagBras surge como um divisor de águas. Coordenado pelo Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Manufatura, é o primeiro demonstrador industrial do ciclo completo de produção de ímãs permanentes de terras raras no Brasil.

Com sede em Santa Catarina e investimento superior a R$ 73 milhões, o MagBras conecta três institutos de ciência e tecnologia, cinco unidades Senai e mais de 25 empresas e startups. O objetivo: mostrar que é possível agregar valor ao minério sem sair do território nacional.

“Não estamos mais no campo da teoria. O MagBras mostra que temos capacidade técnica e institucional para liderar esse setor”, afirmou Luís Gonzaga Trabasso, coordenador do projeto.

Mas ele alerta: “Sem demanda interna, não há escala. E sem escala, não há competitividade.”

O projeto também tem uma missão estratégica: ser ponte entre ciência, indústria e mercado. Para isso, precisa do apoio de políticas industriais sólidas e da articulação com setores consumidores para consolidar um mercado interno.

Governança, licenciamento e planejamento com o território

Outro ponto essencial abordado foi o da governança ambiental e social. Para Rolf Georg Fuchs, da Integratio, o novo ciclo mineral brasileiro precisa nascer com transparência, escuta ativa e planejamento territorial.

“Mineração não é só lavra. É transporte, logística, transformação industrial. Ou pensamos isso como um sistema integrado, ou continuaremos perdendo oportunidades.”

Fuchs chamou atenção para a ausência de um modelo específico de licenciamento para a fase de pesquisa mineral — fator que gera insegurança jurídica e afasta os investidores. Defendeu ainda estudos ambientais proporcionais à complexidade dos projetos e diálogo constante com comunidades e órgãos reguladores.

“Transparência e compromisso com o território são pilares de um novo modelo de negócio mineral.”

André Rocha e Joel de Sant’Anna Braga Filho: oportunidades e desafios da cadeia de terras raras no Brasil

Oportunidade histórica, decisão política

André Rocha, presidente da Fieg, foi categórico: “Estamos diante de uma oportunidade única de fazer diferente. Goiás quer ser protagonista nesse debate, mas o projeto é nacional.”

Segundo ele, o País já conta com os três pilares essenciais: matéria-prima, inovação e instituições. Agora, falta articulação e visão de longo prazo.

O encerramento ficou a cargo de Luiz Vessani, presidente do Minde, que foi direto ao ponto: “A verticalização da cadeia das terras raras pode transformar o Brasil. Mas isso só será possível com uma política pública inteligente, capaz de atrair investimentos, garantir segurança jurídica e estimular a formação de um mercado interno robusto.”

Para ele, o debate recoloca a mineração como motor do desenvolvimento nacional. “Estamos falando de soberania, de tecnologia, de um projeto de futuro. Goiás está puxando esse debate. Agora é hora de o Brasil agir — com visão estratégica e ação coordenada.”

Vessani finalizou lembrando que o evento não foi apenas técnico, mas estratégico — e que encontros como este são cruciais para acelerar decisões, identificar gargalos e construir um novo futuro industrial.

“Temos recursos, temos conhecimento técnico e temos instituições comprometidas. O que falta agora é transformar tudo isso em ação.”

Tags: BrasilIndústriaMineraçãoTerras Raras
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