Este artigo faz parte da matéria “A leitura do ano na visão de 20 líderes setoriais“, que retrata análises, desafios e perspectivas que marcaram a economia brasileira e goiana sob o olhar de quem decide, investe e constrói o desenvolvimento. Confira os outros artigos em nosso site: https://leituraestrategica.com.br/
Edwal Portilho – Tchequinho
O ano de 2025 foi marcado por contrastes relevantes na economia brasileira. De um lado, houve avanços em agendas estruturantes, com destaque para o debate da reforma tributária, a força do agronegócio e a resiliência da indústria em regiões estratégicas como o Centro-Oeste, que ajudaram a sustentar a atividade econômica mesmo diante de um cenário global desafiador.
Em 2025, também se intensificou o diálogo nacional e internacional sobre o papel do Cerrado brasileiro nas cadeias globais de produção. A participação em eventos estratégicos em Nova York e Genebra, ligados ao Pacto Global da ONU e a fóruns multilaterais, iniciou um relacionamento próximo a formadores e opinião e veículos de comunicação, ampliou a escuta e o posicionamento do setor produtivo brasileiro em temas como sustentabilidade, rastreabilidade bovina, direitos humanos e trabalho digno.
Ainda que esse processo esteja em construção, ele representa um passo importante para alinhar a produção nacional às exigências dos mercados internacionais.
Por outro lado, o país seguiu enfrentando entraves que limitaram um crescimento mais robusto, como a complexidade regulatória, a insegurança jurídica, gargalos logísticos e o elevado custo do crédito, fatores que impactaram decisões de investimento de longo prazo.
Em Goiás, observamos avanços na diversificação industrial, na atração de investimentos e na integração entre agroindústria, logística e inovação. O balanço de 2025 reforça que o Brasil tem potencial, mas precisa acelerar reformas, garantir previsibilidade e fortalecer o ambiente de negócios para transformar oportunidades em crescimento sustentável e inclusivo.
Maior impacto positivo: Cerrado no cenário global
Pior impacto: Insegurança regulatória com aumento de carga tributária
EDWAL PORTILHO – TCHEQUINHO,
é presidente da Adial, associação pro desenvolvimento das indústrias do estado de Goiás. Já foi secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Verde e tem ampla trajetória no fortalecimento da produção agroindustrial sustentável e no desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a inovação no campo. Também participou da implantação das unidades da BRF de Rio Verde e Mineiros, em Goiás, além de unidades no Mato Grosso, Rio Grande do Sul e no agreste meridional de Pernambuco. É técnico em agropecuária, zootecnista, empresário, produtor rural e pós-graduado em gestão empresarial. Hoje em dia, lidera programas estratégicos que conectam produtividade tecnológica, conservação ambiental e inclusão social, alinhados às melhores práticas de ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, junto às empresas de Goiás, em parceria com o Pacto Global da ONU, Rede Brasil. Há 30 anos, e agora sob sua gestão, a associação tem se consolidado como referência em competitividade industrial, sistemas alimentares resilientes, agricultura regenerativa e transição verde, conciliando competitividade global com responsabilidade socioambiental.














