Por Leandro Resende
A transformação, a evolução e os propósitos nos interessam. A LEITURA ESTRATÉGICA que sair às ruas e fotografar nossa época, entendê-la. Talvez seja essa época uma das mais pobres em informação empresarial e de negócios de todos os tempos – ao mesmo tempo que é a mais volumosa. Um tsunami de vaidades e ‘eus’ inundando o olhar geral. As empresas, ficam em um terceiro, quarto (…) plano.
Aquela regra, que tanto se repete nas rodas de executivos, de que a empresa serve quando se veste de vilã. E não estou dizendo para a imprensa tradicional ou digital – muitos confundem isso – é para sociedade. Nestes casos, quem quer esse detalhe do detalhe são os consumidores de conteúdo, não os produtores. Esse movimento é natural, mesmo porque por mais de décadas e século, as empresas dialogam mal com a sociedade, com os colaboradores, com os poderes estabelecidos.
Se em alguns países, as empresas são orgulho, no Brasil, o papel que cabe é secundário, coadjuvante, quando não, antagonista. Mas não se preocupe, essa condição é velha – de várias gerações. Se não existe culpado por ser assim, talvez a culpa tem seu agravante, que ainda pouco incomoda, por manter assim. Gerações mais novas e futuras podem mitigar a imagem do mal conquistada pelas empresas. Para arrematar: não vai mudar isso dando cesta básica.
O papel da LEITURA ESTRATÉGICA é ser ferramental de propor novas formas de dialogar, de trazer transformação, evolução e propósitos. Acertando ou errando, assim seguimos. Mas não espere muito que nos prestemos a focar na separação do bem e do mal, o melhor e o pior, o mico e o mito, o forte e o fraco. A poucos interessa essa raquítica e acéfala dualidade. Somos uma revista que se propõe a subir um degrau a mais. O silêncio da sociedade produtiva nos incomoda – trabalhadores e empresários. Mas o barulho desinteligente, politicamente correto ou ideológico, é som sem palavras, sem história, sem transformação real. O diálogo é maior. Vamos tentar sempre romper o silêncio com boas histórias de empresas. Essa história é a nossa história. É a sua história que nos interessa.
Leandro Resende – editor-chefe da Revista Leitura Estratégica
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