Este artigo faz parte da matéria “A leitura do ano na visão de 20 líderes setoriais“, que retrata análises, desafios e perspectivas que marcaram a economia brasileira e goiana sob o olhar de quem decide, investe e constrói o desenvolvimento. Confira os outros artigos em nosso site: https://leituraestrategica.com.br/
Márcio Luís da Silva
A economia brasileira atravessou 2025 sob forte influência de um ambiente monetário restritivo. A manutenção de juros elevados ao longo do ano, como instrumento de controle inflacionário, produziu efeitos colaterais relevantes sobre o investimento produtivo, o crédito e a geração de empregos.
No segundo semestre, os sinais de desaceleração tornaram-se mais evidentes, com perda de fôlego da atividade econômica, adiamento de projetos empresariais e maior cautela do setor privado diante do custo elevado do capital.
Esse cenário impõe desafios adicionais para 2026. A combinação entre juros ainda pressionados, incertezas fiscais e menor dinamismo global tende a manter empresas e consumidores em postura defensiva, limitando a expansão do consumo e dos investimentos no curto prazo.
Em contraste com o quadro nacional, a economia de Goiás apresentou desempenho acima da média brasileira em 2025. Mesmo em um contexto macroeconômico adverso, o estado registrou crescimento sustentado, impulsionado pela resiliência do seu setor produtivo, pela diversificação econômica e por um ambiente mais favorável aos negócios.
Ao longo do ano, Goiás anunciou investimentos significativos em áreas como indústria, agronegócio, logística, energia e serviços, além de alcançar recorde na abertura de novas empresas. O mercado de trabalho também respondeu positivamente, com a geração de mais de 50 mil novos empregos formais, reforçando a capacidade do estado de atrair capital e ampliar oportunidades.
Esse desempenho está diretamente associado à atuação coordenada entre iniciativa privada e Governo de Goiás, que tem priorizado segurança jurídica, infraestrutura, equilíbrio fiscal e políticas de estímulo ao desenvolvimento. Em um país que desacelera, Goiás se consolida como exceção positiva e referência de crescimento regional sustentável.
Maior impacto positivo: Crescimento econômico de Goiás
Pior impacto: Juros altos do Banco Central
Márcio Luís da Silva, é presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais, Empresariais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg)
