Rafael Vaz
O ano de 2025 se impôs como um período de leitura obrigatória para quem acompanha a economia brasileira. Mais do que números isolados ou manchetes pontuais, o que se revelou foi um mosaico complexo de avanços, tensões, ajustes e decisões estratégicas que moldaram o ambiente produtivo em diferentes escalas – do nacional ao regional, do grande setor ao pequeno negócio.
Em um cenário marcado por juros elevados, insegurança fiscal, transições regulatórias e desafios externos, o setor produtivo foi chamado, mais uma vez, a exercer seu papel com resiliência, criatividade e visão de longo prazo. Longe de respostas simplistas, 2025 exigiu capacidade de adaptação, leitura fina de contexto e fortalecimento das estruturas institucionais que sustentam o desenvolvimento.
Os balanços reunidos nesta edição revelam convergências claras. A necessidade de previsibilidade, a urgência de reformas estruturais bem conduzidas, o peso do custo do capital e os impactos da reforma tributária aparecem como temas recorrentes, atravessando diferentes setores e realidades. Ao mesmo tempo, inovação, tecnologia, inteligência artificial, sustentabilidade e qualificação profissional surgem como vetores indispensáveis para a competitividade.
Goiás se destaca nesse cenário. Em meio às dificuldades nacionais, o estado apresentou desempenho econômico acima da média, consolidou sua base produtiva, avançou na diversificação industrial, fortaleceu o agronegócio, expandiu o comércio, os serviços e o cooperativismo, além de se posicionar como ambiente seguro para investimentos e inovação. Não por acaso, o território goiano aparece de forma transversal nas análises aqui reunidas.
Outro traço comum é a centralidade das pessoas. Seja na formação profissional, na geração de empregos, na saúde, na inclusão produtiva ou no apoio ao empreendedor, 2025 reafirmou que o desenvolvimento econômico sustentável não se constrói apenas com indicadores, mas com instituições fortes, lideranças responsáveis e compromisso social.
Os textos que compõem esta edição não pretendem oferecer uma narrativa única ou conclusiva. Ao contrário, refletem a pluralidade de visões de lideranças que vivem, diariamente, os desafios da economia real. São leituras que se complementam, dialogam e, sobretudo, ajudam a compreender a complexidade do momento vivido.
Ao reunir 20 líderes setoriais, a Leitura Estratégica propõe mais do que um balanço: oferece um retrato coletivo de um ano decisivo. Um exercício de reflexão que ilumina caminhos, aponta riscos e reforça a importância do diálogo entre setores, instituições e sociedade para transformar desafios em oportunidades.
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