Em meio às transformações aceleradas do mundo empresarial, poucas verdades permanecem tão relevantes quanto esta: marcas que não se transformam com o negócio deixam de representar valor (e rapidamente perdem relevância).
Hoje, falar em branding não é mais falar apenas de identidade visual, slogans ou campanhas. Marca é cultura, é estratégia, é comportamento organizacional. Marca é a forma como a empresa escolhe existir no mundo, e essas escolhas precisam ser coerentes com os desafios que se impõem. Por isso, branding é, acima de tudo, um projeto de transformação.
Nos últimos anos, temos visto um número crescente de empresas repensando seus modelos de gestão, suas culturas internas e suas ofertas ao mercado. Muitas abraçam a inovação e o planejamento adaptativo, reconfiguram estruturas e formas de operar. No entanto, quando olhamos para suas marcas, ainda encontramos discursos do passado, imagens descoladas da realidade e promessas que já não representam a organização que elas se tornaram.
Esse desalinhamento custa caro. Custa caro em percepção, em reputação e, principalmente, em performance.
Uma marca potente é aquela que não apenas traduz a estratégia da empresa, mas que também ajuda a realizá-la. É bússola e catalisador. Por isso, o processo de gestão de marca deve caminhar junto às mudanças estratégicas e culturais do negócio. Isso significa escutar a organização, envolver pessoas de diferentes áreas, entender os novos pactos com clientes, colaboradores, parceiros e sociedade.
Marcas vivas não se constroem com fórmulas prontas. Elas exigem coragem, consistência e vontade de fazer sentido, todos os dias.

Ciro Ribeiro Rocha,
fundador da Enredo Brand Innovation.