Temos visto nas últimas semanas uma série de reportagens noticiando incêndios e ventanias no Centro-Oeste, eventos que expõem a fragilidade de estruturas físicas e, consequentemente, a vulnerabilidade de negócios inteiros.
Para líderes e decisores, essas notícias não devem ser vistas apenas como fatalidades distantes, mas como sinais de alerta que nos convidam a uma análise profunda sobre a real preparação de nossas empresas para enfrentar o inesperado.
A questão que se impõe não é se um evento adverso pode ocorrer, mas quando e, principalmente, como estaremos preparados para responder a ele.
O desenvolvimento do nosso País, especialmente em regiões de grande atividade agrícola e industrial como o centro-oeste, caminha lado a lado com desafios climáticos específicos. O clima seco e a baixa umidade do ar, característicos de longos períodos do ano, criam um cenário propício para que pequenos incidentes escalem para grandes tragédias.
A faísca que inicia o desastre raramente surge do nada; ela é, na maioria das vezes, o resultado de uma cadeia de detalhes negligenciados. Uma sobrecarga na rede elétrica, a falta de manutenção preventiva em um equipamento, o armazenamento inadequado de materiais ou até mesmo a ausência de uma cultura de segurança robusta entre os colaboradores são os elos dessa corrente perigosa. O risco não está apenas no fenômeno natural, mas na forma como nossas operações estão ou não blindadas contra ele.
Diante desse panorama, a reflexão inevitável para qualquer gestor é: quão resiliente é a minha operação? Essa resiliência transcende a simples capacidade de continuar produzindo; ela reside na estrutura de proteção financeira que sustenta a organização.
É aqui que devemos nos atentar a como estão desenhados nossos produtos securitários. Uma apólice de seguro não pode ser encarada como um custo fixo ou uma mera formalidade. Ela é um instrumento estratégico de gestão de capital e continuidade.
Pergunte-se: minha cobertura patrimonial está atualizada com o valor real dos meus ativos? Contemplo a proteção contra lucros cessantes para garantir a receita durante uma paralisação forçada? Tenho cobertura para danos elétricos, um dos principais gatilhos de incêndios?
A conclusão é que a longevidade dos empreendimentos no cenário atual depende de uma postura proativa e integrada. A gestão de risco, com a aplicação de técnicas de vistorias periódicas, a formação de brigadas de incêndio, o incentivo a relatos de segurança e a implementação de planos de contingência, é o primeiro pilar.
O segundo, igualmente vital, é a atenção meticulosa à nossa proteção financeira através de seguros bem desenhados. Uma apólice customizada, que compreende as particularidades do negócio e antecipa suas vulnerabilidades, não é uma despesa, mas um investimento direto na perenidade da empresa.
Proteger o patrimônio, a receita e a responsabilidade civil é o que garante que, após a tempestade, a organização não apenas sobreviva, mas tenha a força necessária para se reerguer e continuar sua trajetória de sucesso.

Alessandro Máximo,
CEO da RMx3, Estrategista em Gestão de Riscos e Seguros.