Por Rafael Vaz
A história do Grupo Bom Futuro se confunde com a própria evolução do agronegócio no Centro-Oeste. Tudo começou no dia 2 de junho de 1982, quando os irmãos Maggi Scheffer — Eraí, Elusmar e Fernando — deixaram São Miguel do Iguaçu, no Paraná, e chegaram a Rondonópolis, Mato Grosso. O objetivo inicial era auxiliar o tio, o lendário produtor André Maggi, na condução de uma fazenda arrendada de 2 mil hectares. Mal sabiam que ali germinava o embrião de uma das maiores potências agrícolas do Brasil. Com a aquisição da área e o uso do nome da fazenda para batizar o grupo empresarial, a família Maggi Scheffer deu início a uma trajetória marcada por coragem, visão empreendedora e capacidade de adaptação. Ao longo das décadas, ampliaram sua atuação, apostaram em tecnologia, diversificaram culturas e construíram um ecossistema de negócios integrados que hoje coloca o grupo entre os principais nomes do agro global. “Acreditamos que plantar com responsabilidade hoje é colher oportunidades amanhã. Nosso compromisso vai além da produtividade — queremos deixar um legado para as próximas gerações”, afirma Elusmar Maggi, um dos fundadores do Grupo Bom Futuro.
Números que impressionam
Hoje, a Bom Futuro cultiva mais de 615 mil hectares em Mato Grosso, distribuídos em 35 unidades administrativas, além do escritório central em Cuiabá. São mais de 1,9 milhão de toneladas de grãos produzidas anualmente, entre soja e milho, além de 360 mil toneladas de pluma de algodão e 400 mil toneladas de caroço. A força de trabalho ultrapassa os 8 mil colaboradores, movimentando não apenas a economia do Estado, mas contribuindo diretamente para a balança comercial brasileira. Outro destaque é a pecuária integrada. A empresa lidera um dos maiores projetos de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) do planeta, com mais de 109 mil cabeças de gado, demonstrando que é possível aliar produtividade, conservação ambiental e rentabilidade.
Mais que fazendas: um conglomerado diversificado
O grupo não parou na produção agrícola. A marca Bom Futuro passou a ser sinônimo de inovação e expansão. Hoje, a empresa também atua nos segmentos de energia, mercado imobiliário, aeroportuário e tecnologia, sempre guiada pelo propósito institucional: “Contribuir para alimentar, vestir e impulsionar o mundo”. A diversificação é um dos pilares estratégicos da Bom Futuro, que investe continuamente em pesquisa, automação, sustentabilidade e gestão integrada. A visão é clara: consolidar-se como referência em produtividade e responsabilidade socioambiental, mantendo-se economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta.
RAIO-X DO CENTRO-OESTE

A força da nova geração
O legado da família Maggi Scheffer está sendo ampliado com protagonismo feminino. Aline Bortoli, Kleidimara Pessoa, Nayara Modolon Scheffer e Letícia Scheffer representam a nova geração que vem ocupando espaço nas decisões e na gestão do grupo. Mulheres jovens, profissionais qualificadas e, acima de tudo, comprometidas com o futuro do campo, elas imprimem uma nova identidade ao agronegócio familiar. Além de atuarem diretamente nos negócios, elas lideram iniciativas sociais de grande impacto. O Instituto Farmun, por exemplo, foi criado por elas para levar conhecimento real sobre o setor agro às escolas públicas de Mato Grosso. Também são responsáveis pelo projeto Sementes do Futuro, que oferece atividades educativas, culturais e de lazer a funcionários e comunidades vizinhas das fazendas do grupo.
De raiz à referência mundial
A trajetória do Grupo Bom Futuro é uma narrativa de visão estratégica, inovação constante e respeito à terra. De uma fazenda arrendada de 2 mil hectares a um império agrícola com mais de 615 mil hectares, a empresa personifica o potencial produtivo e transformador do Centro-Oeste brasileiro. Mas mais do que os números, o que sustenta esse gigante do agro é uma cultura de trabalho coletivo, de valorização das pessoas e de um olhar atento ao amanhã. O nome pode ser Bom Futuro — e é —, mas o presente já é grande, forte e inspirador.