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Comércio em chamas

Aumento de ocorrências de incêndios em empresas demonstra a gravidade do problema e a cultura empresarial de não se prevenir

Leitura Estratégica por Leitura Estratégica
setembro 27, 2025
em Negócios
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Comércio em chamas
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Por Rafael Mesquita

Um incêndio de grandes proporções atingiu uma loja de pneus e interditou comércios vizinhos no Parque Oeste Industrial, em Goiânia. Segundo o Corpo de Bombeiros, três pessoas precisaram de atendimento. Outro incêndio se espalhou por duas lojas do Setor Central da capital. O fogo começou em um estabelecimento de colchões, na Avenida Anhanguera, e as chamas se espalharam para uma loja de bolsas, que fica ao lado.

Essas são apenas duas das notícias de incêndios em empresas de Goiânia noticiadas pela imprensa somente neste mês de setembro. Nos dois casos, os estabelecimentos não possuíam seguro. Prejuízo certo para empresários que muitas vezes acreditam que esse tipo de ocorrência nunca aconteceria com eles. “Eles confiam em suas operações diárias e subestimam a probabilidade de um evento de baixa frequência e altíssimo impacto. A gestão de riscos deveria ser compulsória e culturalmente arraigada, pois a falha não é uma opção”, acredita o estrategista em reestruturação securitária, Alessandro Máximo.

Alessandro Máximo

Além disso, ele destaca que outros fatores contribuem para a falsa ideia empresarial de que estão “blindados” de qualquer infortúnio desse tipo. “Muitos empresários, especialmente em pequenas e médias empresas, ainda enxergam o seguro como um ‘gasto’ que não traz retorno visível, em vez de um investimento estratégico em resiliência. A mentalidade é focada no curto prazo e na otimização de custos imediatos, sem uma análise aprofundada do ‘Custo Total do Risco’”, avalia.

Segundo ele, há ainda a falta de uma consultoria especializada. “O mercado é dominado por uma abordagem transacional, de ‘venda de apólice’. O empresário não é adequadamente provocado a pensar nos seus riscos de forma integrada. Sem esse diagnóstico, ele contrata um produto de prateleira que pode não atender às suas reais necessidades no momento do sinistro”, explica.

Máximo considera que o desafio é “educar” o mercado. “Infelizmente, observamos uma lacuna cultural significativa, não apenas em Goiás, mas em grande parte do Brasil. O desafio é demonstrar que a gestão de riscos e o seguro são ferramentas de competitividade, e não meras formalidades”, afirma.

Os números mostram que a quantidade de ocorrências em estabelecimentos comerciais e industriais em Goiás deveria ser motivo de preocupação dos empresários. Dos 2.936 casos de incêndios urbanos atendidos pelo Corpo de Bombeiros em 2024 e 2025, cerca de um terço aconteceu nesses locais. Destaque para ocorrências de natureza comercial (155), em bares e lanchonetes (122), restaurantes (94), armazéns, hangares ou galpões (94), lojas de departamento ou mercados (52) e de natureza industrial (43).

O subcomandante do 8º Batalhão do Bombeiro Militar, capitão Alisson Oliveira, explica que as principais causas estão relacionadas a falhas elétricas, instalações precárias ou sobrecarregadas, armazenamento inadequado de materiais inflamáveis e ausência de manutenção preventiva em sistemas de segurança. Ele lembra que outro fator relevante é a inobservância das regras previstas nos certificados de conformidade e nos projetos de prevenção contra incêndio, que muitas vezes não são devidamente elaborados ou encaminhados aos órgãos competentes.

Capitão Alisson Oliveira

O clima seco no Estado, especialmente no período de estiagem (normalmente entre maio e setembro), também é um fator determinante para o aumento da frequência e da intensidade dos incêndios tanto urbanos como florestais. As estatísticas do Corpo de Bombeiros mostram que, neste período, em 2024, foram 898 ocorrências gerais nas cidades goianas atendidas pela corporação contra 686 durante o restante do ano, aumento de 68%.

O estrategista em reestruturação securitária, Alessandro Máximo, se recorda do caso de grandes varejistas no Brasil que perderam centros de distribuição inteiros para o fogo. “O prejuízo não foi apenas o estoque de milhões de reais, mas a interrupção de toda a cadeia logística regional por meses, a perda de market share (porcentagem da participação de uma empresa no seu mercado total, seja em volume de vendas ou em receita) para concorrentes e um dano reputacional severo”, explica.

Máximo ainda destaca os casos de incêndios em galerias e shopping centers no país, em que o fogo pode começar em uma única loja e destruir dezenas de outras. Situações em que a discussão sobre responsabilidade civil se torna complexa e fundamental. “Esses casos mostram que o prejuízo direto é apenas a ponta do iceberg. O verdadeiro impacto está na cadeia de consequências: operacionais, financeiras, legais e de reputação”, avalia.

O crescimento dos registros gerais de incêndios urbanos em Goiás também chama a atenção. Foram 1.299 ocorrências atendidas pelos Bombeiros entre janeiro e setembro do ano passado contra 1.352 no mesmo período de 2025. Destaque para o aumento dos atendimentos envolvendo empresas. “Esse crescimento está relacionado, em parte, à expansão do setor industrial e comercial em Goiás, mas também à carência de medidas preventivas em muitos estabelecimentos”, afirma o subcomandante do 8º Batalhão do Bombeiro Militar. Apesar disso, ele acredita que há avanços, sobretudo onde existem brigadas de incêndio treinadas e sistemas de prevenção instalados corretamente.

Cultura preventiva que pode ser fomentada na empresa com a contratação de seguro contra incêndios. “Essa é uma das consequências mais positivas e menos compreendidas do processo de contratação do serviço”, acredita Alessandro Máximo. Ele explica que o processo funciona da seguinte forma: antes de aceitar o risco, a seguradora realiza uma análise detalhada da empresa sob uma ótica crítica: qualidade das instalações elétricas, armazenamento de inflamáveis, validade dos extintores, treinamento da brigada de incêndio e sinalização de rotas de fuga.

Ainda de acordo com o especialista, se forem encontradas deficiências, a seguradora exigirá melhorias como condição para a emissão da apólice ou oferecerá um desconto no prêmio (o preço do seguro) caso a empresa implemente as mudanças. “Isso cria um incentivo financeiro direto para que o empresário invista em prevenção. Ele passa a ver que elementos de infraestrutura de prevenção e processos emergenciais negligenciados não são apenas um risco, mas um custo a mais no seu seguro”, afirma.

Há ainda o fomento à cultura de segurança. “Ao passar por isso, a gestão da empresa é forçada a olhar para seus próprios processos de forma mais crítica. A necessidade de treinar uma brigada de incêndio ou de realizar manutenções elétricas periódicas deixa de ser uma mera obrigação legal e passa a ser parte da estratégia de gestão”, acredita Máximo. De acordo com ele, isso se conecta diretamente com a filosofia do SGSO (Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional), também utilizado na aviação: identificar perigos, analisar os riscos e implementar barreiras de proteção antes que o acidente aconteça.

Atualmente, várias seguradoras incentivam os clientes a utilizar a inovação e a tecnologia. A instalação de sensores de fumaça e calor conectados a uma plataforma de IoT (Internet das Coisas), por exemplo, pode não só diminuir os efeitos de um incêndio em seu estágio inicial, mas também gerar dados que permitam um desconto ainda maior no seguro. “Portanto, a contratação do serviço bem estruturado não é apenas um plano B para o desastre. Ele é um poderoso aliado para fortalecer o plano A: a operação segura e ininterrupta do negócio. Ele profissionaliza a gestão de riscos e cria um ciclo virtuoso de segurança e eficiência”, avalia Alessandro.

Seguro e solidariedade de empresas parceiras

Um incêndio começou em um lote baldio onde muitas pessoas e até empresas descartam entulhos e, de forma irresponsável, ateiam fogo no lixo. O terreno fica atrás da GPX7, companhia de locação, eventos e comunicação visual. O mês era agosto, período em que o clima em Goiânia estava bem seco. Uma fagulha atingiu o galpão vizinho, um sex shop repleto de material em borracha. Combinação fatal. O fogo se alastrou rapidamente. Dois galpões da GPX7 foram destruídos, incluindo o que estava completamente cheio de equipamentos de locação. “Chegou um ponto em que deixamos de contabilizar os prejuízos. Continuar somando seria apenas sofrimento. Decidimos focar em reconstruir a empresa”, afirma o proprietário Leonardo Mundim.

Leonardo Mundim

A reconstrução seria um processo complicado, sobretudo a curto prazo, já que sete dias após o incêndio a GPX7 teria que atender à maior feira de comércio exterior do país, a FICOMEX. Mas, com a ajuda do segmento, foi possível cumprir o compromisso. “Tivemos a solidariedade de vários fornecedores, nossos parceiros do setor audiovisual, a quem somos muito gratos”, emociona-se.

O seguro foi acionado e cumpriu totalmente a sua função. “É importante reforçar: esse tipo de serviço voltado às empresas precisa ser feito com especialistas. Um seguro mal elaborado pode deixar a companhia vulnerável, e a falta dele pode significar o fim do negócio”, destaca.

Leonardo lamenta a cultura brasileira de não contratar seguro para as várias áreas da vida. “Infelizmente, temos a cultura de contar com a sorte, mas isso é um erro grave. Não ter um seguro pode custar até uma vida. Basta pensar em saúde: sem seguro, muitos dependem do atendimento público, onde uma cirurgia pode demorar meses ou anos. Em casos graves, como um câncer, essa espera pode ser fatal”, acredita.

Ele relata que essa cultura se estende ao setor empresarial. “Durante anos trabalhando no ramo, vi inúmeros clientes deixarem o seguro vencer numa sexta-feira dizendo que renovariam na segunda. Muitas vezes, o problema acontecia no final de semana”, recorda.

Incêndio no Ara Macao do Clube Jaó

No início do mês de setembro, período de forte estiagem em Goiânia, um incêndio destruiu parte do tradicional local de festas e eventos do Clube Jaó, o Espaço Dois Ipês, antigo Jaó Music Hall e Ara Macao. Cerca de 50 pessoas saíram do local às pressas.

Testemunhas informaram à imprensa que as chamas começaram quando havia uma obra sendo realizada por vários trabalhadores dentro do salão, que tem muito material inflamável, como isopor e plástico usados na decoração dos eventos e formaturas.

Diante da intensidade das chamas, o colégio Educandário Yara, que funciona ao lado do Espaço Dois Ipês, precisou ser evacuado. Professores e funcionários retiraram os alunos para evitar que fossem expostos à fumaça tóxica que se espalhava pela região.

A empresa que aluga o local do Clube Jaó, a B2 Agência, informou, na época do ocorrido, que não houve vítimas ou feridos, registrando-se apenas danos materiais, sem especificar os valores do prejuízo estimado. “O Espaço possui seguro contra incêndios e sempre atuou em conformidade com todas as normas de segurança e funcionamento exigidas”, concluiu a empresa em nota.

Tags: ChamasComércioGoiásMercado
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