A energia elétrica é essencial para o desenvolvimento econômico e social. No Estado de Goiás, a crise no fornecimento e a ausência de capacidade de instalação voltaram ao centro das discussões do setor produtivo, gerando preocupações sobre a capacidade de atendimento às demandas crescentes da indústria, do comércio e do agronegócio. A instabilidade compromete a competitividade das empresas, afeta a produção e pode gerar prejuízos significativos para a economia local.
O setor produtivo depende de um fornecimento estável e eficiente para manter suas operações. Indústrias de diversos segmentos, como alimentos, metalurgia e tecnologia, necessitam de energia constante para garantir a qualidade e continuidade da produção. No agronegócio, a eletricidade é essencial para sistemas de irrigação e processamento de produtos. No comércio, é indispensável para iluminação, refrigeração e funcionamento de equipamentos.
As constantes interrupções podem causar perda de matéria-prima, danos a equipamentos e redução da produtividade. Além disso, a instabilidade no fornecimento afeta a confiança dos investidores, que podem buscar alternativas em estados com infraestrutura energética mais confiável.
Diante da crise, o setor produtivo goiano tem expectativas claras para ampliar a capacidade de atendimento das demandas energéticas. Empresários defendem investimentos em infraestrutura elétrica, modernização da rede e diversificação das fontes de energia. O incentivo à geração de energia renovável também é uma prioridade.
Outro fator crucial é a necessidade de transparência e eficiência na gestão das concessionárias. Empresas e consumidores cobram respostas rápidas e medidas concretas para evitar novas crises. A implementação de tecnologias inteligentes na distribuição de energia, como redes automatizadas e sistemas de monitoramento em tempo real, pode contribuir para a redução de falhas e melhoria na qualidade do serviço.
O governo estadual e as autoridades reguladoras desempenham um papel essencial na busca por soluções para a crise energética em Goiás. É necessário garantir investimentos na infraestrutura elétrica, além de fiscalizar a atuação das concessionárias para evitar deficiências no fornecimento. A criação de incentivos para a geração de energia renovável e políticas de eficiência energética são medidas que podem estabilizar o fornecimento.
Além disso, um diálogo constante entre o setor produtivo, governo e empresas de energia é essencial para alinhar expectativas e definir ações concretas. Estudos técnicos sobre a demanda energética do estado e viabilidade de novos projetos de geração e distribuição são fundamentais para evitar que a crise se prolongue e comprometa o desenvolvimento econômico.
A crise no fornecimento de energia elétrica em Goiás representa um grande desafio para o setor produtivo, exigindo soluções urgentes e eficazes. A energia é um recurso essencial para a indústria, o comércio e o agronegócio, e sua instabilidade pode comprometer o crescimento econômico do estado.
O setor produtivo espera investimentos na ampliação da capacidade de atendimento, enquanto o poder público tem a responsabilidade de garantir infraestrutura adequada e fiscalização eficiente. Somente com ações coordenadas e investimentos estratégicos será possível superar essa crise e garantir um fornecimento de energia confiável para o desenvolvimento sustentável de Goiás.

Juscimar Ribeiro,
Advogado especialista em Direito Administrativo e Direito Constitucional.