Este artigo faz parte da matéria “A leitura do ano na visão de 20 líderes setoriais“, que retrata análises, desafios e perspectivas que marcaram a economia brasileira e goiana sob o olhar de quem decide, investe e constrói o desenvolvimento. Confira os outros artigos em nosso site: https://leituraestrategica.com.br/
Luís Alberto Pereira
A economia brasileira enfrentou importantes desafios ao longo de 2025. A manutenção da taxa Selic em patamar elevado restringiu o acesso ao crédito e impactou os investimentos das empresas em todo o País, contribuindo para um custo de capital mais elevado.
Nesse cenário, o cooperativismo de crédito consolidou seu papel na inclusão financeira e no suporte a segmentos produtivos, especialmente em municípios onde as cooperativas são uma das principais fontes de financiamento local.
Outro ponto de atenção para o empresariado é a reforma tributária. Em 2025, a promulgação da Lei Complementar 214/2025 consolidou a mudança na tributação do consumo. Após intensa atuação do Sistema OCB nacional e de Goiás, conseguimos incluir tratamento tributário adequado ao ato cooperativo, preservando a não incidência de tributos sobre as operações entre cooperativas e seus cooperados.
A transição para a nova sistemática tributária traz desafios operacionais e necessidade de adaptações, dada a necessidade de migração para o novo modelo e convivência com sistemas tributários em fase de descontinuação.
Para Goiás, que tem forte presença de setores exportadores e cooperativas, os efeitos dependerão das diretrizes de implementação e mecanismos de compensação intergovernamental, cuja definição ainda está em curso.
Apesar do ambiente econômico complexo, o cooperativismo goiano segue exercendo papel relevante na economia. Temos cerca de 700 mil cooperados e movimentamos mais de R$ 31 bilhões por ano, cerca de 10% do PIB estadual.
Para 2026, nosso objetivo é fortalecer ainda mais a representação institucional e ampliar a difusão dos valores que fazem do cooperativismo um modelo competitivo, inclusivo e socialmente justo.
Maior impacto positivo: Reconhecimento do ato cooperativo
Pior impacto: Alto custo de capital

Luís Alberto Pereira,
é presidente do Sistema OCB/GO (Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás), um líder influente no cooperativismo goiano, engenheiro civil, que tem focado em unir o setor empresarial e o governo para o desenvolvimento econômico de Goiás, representando o cooperativismo em diversas instâncias, inclusive nacionalmente, e promovendo o crescimento e a relevância do modelo cooperativista.














