Este artigo faz parte da matéria “A leitura do ano na visão de 20 líderes setoriais“, que retrata análises, desafios e perspectivas que marcaram a economia brasileira e goiana sob o olhar de quem decide, investe e constrói o desenvolvimento. Confira os outros artigos em nosso site: https://leituraestrategica.com.br/
Pedro Bittar
O ano de 2025 foi marcado por desafios macroeconômicos significativos para o Brasil, como juros elevados, inflação persistente e impactos externos de tarifas comerciais, incluindo o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que desaceleraram o crescimento do PIB para cerca de 2,2%. No entanto, o setor agropecuário, incluindo a reciclagem animal, demonstrou resiliência e contribuiu positivamente para a economia.
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA) observa que a safra recorde de grãos e a força da proteína animal sustentaram exportações e geração de valor na cadeia produtiva, mesmo com o impacto do tarifaço americano em produtos como gorduras animais. Nosso setor, que transforma resíduos do abate em farinhas, gorduras e insumos sustentáveis, evitou o desperdício de milhões de toneladas de materiais, reduzindo impactos ambientais e custos de produção em rações – com economia de até 5% para produtores. Apesar dos desafios tarifários, o setor tem procurado superar esses impactos por meio da diversificação de mercados e do fortalecimento da bioeconomia circular.
A reciclagem animal reforçou a competitividade do agronegócio brasileiro, gerando empregos, divisas e sustentabilidade. Olhamos para 2026 com otimismo moderado, apostando em reformas que incentivem investimentos verdes e estabilizem o ambiente fiscal.
Maior impacto positivo: Safra agropecuária recorde
Pior impacto: Tarifaço americano

Pedro Daniel Bittar, é líder empresarial com atuação em diversos setores da economia. Iniciou sua trajetória ainda na adolescência, aos 15 anos, na gestão de uma empresa pioneira em alimentação industrial em Goiás. Fundador de grupo empresarial com operações em estados como Pará, Mato Grosso, Ceará, Pernambuco, Paraná e Goiás, atualmente é presidente do Conselho de sua empresa. Integra o Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), o CAL da CNI, a AGIR e é diretor da Adial Brasil. Desde 2020, preside o Conselho Diretivo da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA).














