No mundo dos negócios, é tentador seguir o fluxo das redes sociais: conteúdos rápidos, de consumo imediato, que dão a sensação de estar atualizado. Porém, da mesma forma que muitos usuários passam horas “vendo stories”, sem se aprofundar em nada, muitas empresas acabam adotando estratégias superficiais, vivendo apenas de aparências digitais.
Mas existe uma diferença fundamental entre ver stories e viver histórias.
Ver Stories: o consumo raso
“Ver stories” é acompanhar a novidade do momento. É prático, é rápido, mas também é descartável. No ambiente empresarial, isso se traduz em ações pontuais que geram impacto imediato, mas não constroem legado: campanhas sem continuidade, posts isolados sem estratégia, parcerias que não passam de ações de curto prazo.
O problema é que essa lógica cria apenas lembranças momentâneas, não vínculos.
Viver Histórias: a construção de valor
Já “viver histórias” é se permitir mergulhar em experiências completas. Para empresas, significa criar jornadas que conectam marcas e pessoas de forma autêntica e duradoura. É pensar no cliente como protagonista e não apenas como espectador.
Quando uma organização escolhe viver histórias, ela:
- Constrói narrativas consistentes ao longo do tempo.
- Transforma clientes em parte ativa da sua trajetória.
- Faz com que cada interação tenha sentido, e não apenas audiência.
E o resultado disso é poderoso: gera confiança, fidelidade e diferenciação real no mercado.
A decisão estratégica
No fim, cada empresa precisa se perguntar: estamos apenas vendo stories ou estamos vivendo histórias?
Quem vive histórias cria cultura, inspira pessoas e constrói marcas memoráveis. Quem só vê stories, por outro lado, pode até chamar atenção por instantes, mas dificilmente deixa marcas duradouras.
No mundo empresarial, o sucesso não está no imediatismo do próximo clique, mas na capacidade de criar experiências que resistem ao tempo.

Carlos Monteiro
CEO da CMX Tech e especialista em audiência digital