Por Leandro Resende
O episódio covid-19 ainda mexe com nossa cabeça. Um fato deste só poderá ser medido com mais exatidão, dos seus efeitos em uma geração, em duas décadas ou mais. No entanto, de março de 2020 até hoje, março de 2025, já se tem um mundo com sequelas da pandemia.
Da irreparável perda de vidas ao alerta e temor do que se notícia de novas doenças, temos uma sociedade ainda assustada, com o risco pairando no ar ao mínimo noticiário – mesmo que fake news.
A sociedade se hiper-conectou, para o bem ou mal, desta overdose de exposição às telas. Estudo da Bain & Company, de 2025, aponta que o brasileiro médio gasta 9 horas e 13 minutos na internet por dia, sendo 03 horas e 37 minutos em redes sociais.
Só isso, já traz dezenas de avaliações que durante o ano, na Leitura Estratégica, vamos fazer. Mas vale o registro do “aniversário” (sem bolo e refrigerante) neste editorial da pandemia, pois compõe um eixo de relações, pessoais, empresariais e de países, que mudou, desde então.
Na edição, aliás, vamos tratar de uma delas. Da forte e recente investida da China no ‘material’ mineral brasi leiro. Que quase nunca foi brasileiro, né. De 1500 a 1822, era dos portugueses que rachava com os ingleses. Com o Império e República, outros povos (poucas vezes, o brasileiro) tomou conta. Com a estatização na república, tentou-se, mas hoje, quando joga o radar.
O minério brasileiro é controlado, em sua maioria, por investidores de outros países. Mas a chegada dos chineses redesenha esse mapa. A matéria de capa traz um pouco desta nova bandeira que chega forte.
As duas edições anteriores da Leitura Estratégica, 15 e 16, saíram em um intervalo de sete dias. Ainda não dá para refletir e tirar uma conclusão disso. Antes, ficávamos sete meses ou mais, sem ter duas capas novas. Agora, hoje, vamos para terceira – entre 1 e 15 de março. Só podemos agradecer o apoio sincero que estamos recebendo e só fortalece nosso propósito de que não fazemos para nós, mas sim para um amplo ecossistema de negócios que nos rodeia. Obrigado, a todos.
Leandro Resende – editor-chefe da Revista Leitura Estratégica
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