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Perfil: Shirley Leal

“Trabalho nunca me assustou, nem volume, nem a sua natureza. Nunca recusei uma tarefa por julgá-la abaixo do meu nível ou capacidade. Sempre entendi que era minha obrigação evoluir para merecer atribuições maiores pelo conhecimento e responsabilidade”

Leitura Estratégica por Leitura Estratégica
julho 19, 2025
em Perfil
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Perfil: Shirley Leal

Fotos: Arquivo pessoal

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Por Rafael Mesquita

Dos 66 anos de vida, 47 foram participando da história da marca Volkswagen em Goiânia. Desde os tempos de funcionária da antiga concessionária Govesa na Avenida Independência, até os dias atuais, em que comanda, ao lado do sócio Claudionor, o Grupo Belcar. “Nosso coração sempre foi Volkswagen”, admite Shirley Leal. Mas a necessidade de mercado fez com que a empresa se tornasse também revendedora de outras montadoras nos últimos anos. “Com a Fiat, já temos um namoro sério”, brinca.

São mais de 40 prêmios concedidos pelas montadoras multinacionais à Belcar devido à alta performance anual. Um reconhecimento do trabalho feito pelo grupo ao longo dos mais de 30 anos de história. “Recentemente, fomos ao Japão receber dos executivos da Fiat o prêmio Squadra pela alta performance anual em vendas e pós-vendas. A única concessionária do Centro-Oeste e uma das únicas do Brasil congratuladas”, orgulha-se.

Mas tamanho sucesso não acontece por acaso. Ele é resultado de muito trabalho. Algo que Shirley sempre enfrentou com determinação. “Trabalho nunca me assustou, nem volume, nem a sua natureza. Também nunca recusei uma tarefa por julgá-la abaixo do meu nível ou capacidade. Mas sempre entendi que era minha obrigação evoluir a ponto de merecer atribuições cada vez maiores pelo conhecimento e pela responsabilidade”, afirma.

A base e os princípios que nortearam sua vida vieram, primeiro, dos pais, por meio da disciplina recebida dentro de casa e, em segundo lugar, do contato com a cultura japonesa, mais especificamente, com seu primeiro patrão, o senhor Áureo Murakami.

Ainda aos 13 anos, Shirley teve sua primeira oportunidade de emprego em uma empresa distribuidora de papéis, em Goiânia. Foi contratada como escriturária, mas logo aprendeu outras funções. “Aprendi tudo, desde emitir notas e fechar balancetes até abrir e fechar as portas de aço da empresa”, recorda. Segundo ela, os ensinamentos do primeiro patrão foram fundamentais, sobretudo com a disciplina e a organização que ele trazia da cultura japonesa.

Com a morte de Murakami, a empresa foi fechada em Goiânia. Shirley perdeu o emprego e o bom salário que já recebia na distribuidora de papéis. Momento de dar um passo para trás para colher o sucesso lá na frente. Surgiu a oportunidade de trabalhar na concessionária Govesa. Dessa vez, a princípio, com um salário bem menor do que recebia. O novo chefe, Aristarcho Melo, antigo conhecido do pai, a contratou para ser telefonista. Apenas 15 dias depois, foi promovida para a área de cadastro, em seguida para o faturamento, departamento financeiro, até chegar ao cargo de gerente financeira. “Pelo meu emprego anterior, eu já tinha essa cultura de liderança e gestão para assumir a função de chefia, mas com o peso de agora estar em uma grande empresa”, explica.

Se foram muitos os ensinamentos com o senhor Murakami, com Aristarcho a relação seria ainda maior; ele se tornou praticamente um segundo pai. De acordo com Shirley, a empresa tinha, na época, uma política interna de não manter no quadro de funcionários mulheres casadas. Mas é justamente o que ela havia decidido: pretendia se casar com o funcionário dos Correios, Gleidsfly Leal. Logo que comunicou ao patrão sobre a decisão, ele disse que com ela a situação seria diferente. “Seu Aristarcho quis até conversar com o Gleidsfly para saber se ele seria um bom marido para mim”, lembra. Não apenas o emprego foi mantido, como o proprietário da Govesa seria padrinho de casamento do casal e os ajudaria financeiramente a comprar um apartamento e uma chácara para iniciar a vida.

Após quase 20 anos de empresa, chegou a hora de dizer adeus à Govesa, principalmente pelos rumos administrativos que a empresa seguiu. “Com a sucessão familiar, o doutor Aristarcho deixou a gestão do Grupo. Me propuseram até um cargo de direção, mas eu agradeci e decidi sair por lealdade e confiança a ele”, conta.

Junto com Shirley, deixou a empresa o colega de trabalho, na época diretor de vendas, Claudionor Fernandes. Juntos construíram uma nova história na revenda de carros Volkswagen em Goiânia. Estava nascendo a parceria que deu início à Belcar.

Belcar, boa de negócio

Um faturamento, somente com a venda de veículos, de cerca de R$ 945 milhões em 2024. Se somarmos peças, serviços e assistência técnica, esse número chega a mais de um bilhão de reais. Se o faturamento do primeiro semestre de 2025 for mantido até o final do ano, a expectativa é ainda maior. Entre janeiro e junho deste ano, esse valor já atingiu R$ 530 milhões de reais.

Mas quem vê apenas esses números não imagina a dificuldade para fazer a Belcar crescer ao longo dos últimos 32 anos. Era 1993, e Shirley e Claudionor decidiram topar o desafio de se tornar sócios de 50% da empresa. “Vendi o meu apartamento, a chácara e três lotes que eu tinha para fazer o negócio”, lembra ela.

A empresa estava falida, sem estrutura, equipamento e mão de obra suficiente. Era preciso reerguê-la. Experiência no mercado eles tinham o suficiente, mas faltavam recursos para investir no Grupo. A irmã de Shirley, funcionária do Unibanco, e um diretor do extinto Bamerindus os ajudaram com os financiamentos. Com a reestruturação da empresa, decidiram, em 1997, deixar um imóvel alugado na Avenida Independência para comprar uma área onde seria construída a nova sede, no Setor Alto da Glória, às margens da BR-153. “As pessoas criticavam, diziam que estávamos indo para um local desvalorizado. Abrimos a loja e o tempo mostrou que estávamos certos e a região se tornou uma das mais caras de Goiânia”, afirma.

Durante dez anos, a Belcar dedicou-se com exclusividade à bandeira Volkswagen. Mas a necessidade do mercado fez com que a companhia expandisse as revendas para as motos Yamaha, em 2003. Depois, os veículos Mitsubishi e, há 5 anos, também a Fiat. “Quando surgiu a ideia de dividir o showroom e as oficinas, vimos que precisávamos de outras marcas”, explica.

Atualmente, Shirley lidera um grupo com dez empresas e mais de 700 funcionários. Para ela, o principal segredo do sucesso é valorizar os colaboradores. “Nós oferecemos oportunidade para as pessoas crescerem, como nós crescemos ao longo da carreira. Funcionários que começam no cadastro e viram gerentes. Aqui, eles têm a confiança de saber que não serão demitidos. A valorização dos colaboradores é o nosso maior legado”, orgulha-se.

Além disso, ela acredita que a segurança das finanças sempre foi um trunfo do Grupo. “Não gostamos de dever ninguém, temos pé no chão para qualquer tipo de investimento. Não entramos no escuro”, afirma. Em um mercado tão concorrido como o de revendas de veículos, várias concessionárias tradicionais em Goiânia “ficaram pelo caminho” nos últimos anos. “Só fica no segmento quem está com capacidade financeira para aguentar. Muitas delas não conseguiram manter isso ao longo do tempo”, acredita. Shirley ainda destaca que, ao lado do sócio Claudionor, sempre priorizou uma gestão mais centralizada, em que as decisões passam necessariamente por eles.

Segundo a empresária, o futuro do Grupo segue promissor, com grande preocupação quanto à questão da sustentabilidade. Em setembro, irão inaugurar na sede do Setor Alto da Glória a primeira concessionária em Goiânia da marca chinesa de carros elétricos, Leapmotor, do grupo Stellantis. “Ter um carro sempre foi a realização de um sonho para muitas pessoas. No futuro, esse sonho continuará porque irá ajudá-las a viver e lembrar momentos importantes da vida com a família, colegas de trabalho e amigos”, acredita.

Família, perda e empoderamento feminino

Há 3 anos, um baque atingiu definitivamente a vida de Shirley. O marido, já aposentado na época, faleceu depois de sofrer um infarto. Momento muito difícil, após quase 40 anos de casados. Se não fossem os cinco netos, tudo seria ainda mais complicado. “Depois da morte do meu marido, não sei o que seria de mim se não fossem meus netos. Estaria muito frustrada. Sempre sonhei em ser avó, amo de paixão. É uma das coisas mais lindas da minha vida”, se emociona.

A empresária recorda-se que ainda na infância teve uma criação dos pais voltada para, no futuro, se casar, fazer as tarefas domésticas, mas também trabalhar fora de casa. “Eu via minha mãe dependendo financeiramente do meu pai para tudo e pensava: o quê? Não vou depender de homem para nada”, afirma. Segundo ela, devido à necessidade de ganhar dinheiro, precisou abandonar os estudos ainda no segundo grau (hoje ensino médio). Mesmo assim, conseguiu concluir o curso técnico em contabilidade. “O estudo me fez falta, por isso fiz questão de incentivar meus três filhos a concluírem um curso superior e consegui”, se orgulha.

Ser uma mulher em um mercado tão masculino, como é o segmento de vendas de carros, faz com que se sinta ainda mais vencedora. Negociar contratos, compras e vendas com homens faz parte da rotina há muitos anos. Ser uma voz feminina representando o segmento em associações, sindicatos e eventos do setor representa um ato de luta. “Enfrentei isso desde o início e superei. Sempre batalhei pelas bandeiras e direitos femininos. Acredito que as mulheres já nascem com uma liderança natural na vida”, conclui.

Tags: EmpresáriaPerfilShirley Leal
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