Por Rafael Vaz
“Minha filosofia como empresário se baseia em três pilares: crescimento, transparência e segurança alimentar.”
A trajetória de Pedro Alves Rosa Lima no setor alimentício começou em 1996, quando ele e seu irmão decidiram trazer uma novidade para Goiânia: o açaí. Na época, o produto ainda não era popular na cidade, mas os irmãos enxergaram ali uma oportunidade. “Nós praticávamos jiu-jitsu, e o açaí era muito consumido pelos atletas. Tivemos a ideia de trazer essa opção para Goiânia, e assim nasceu a Tribo do Açaí”, conta Pedro. O negócio cresceu rapidamente e, em pouco tempo, a loja passou a ter espaço para receber até 200 pessoas.
Casado com Vanessa e pai de dois filhos, Maria Clara e Ruan, Pedro sempre teve um olhar atento para as tendências do mercado. Em 2024, ele e seu irmão decidiram montar outro negócio. Foi então que fundaram a Trupe do Açaí, uma nova marca que também conquistou o público. Mas Pedro queria mais. Ele percebeu que o mercado exigia um serviço mais ágil e prático, sem abrir mão da qualidade. “Foi quando surgiu a ideia de oferecer açaí em máquinas automáticas. Testamos a tecnologia e vimos que era possível unir rapidez e sabor”, explica.
Desafios
O conceito de açaí em máquina era inovador, mas encontrar um espaço para a primeira unidade não foi fácil. “Procuramos todos os shoppings de Goiânia, mas nenhum demonstrou interesse. Muitos não acreditavam que daria certo”, relembra. A solução veio do Hiper Moreira, um tradicional supermercado da cidade. “Eles foram muito receptivos e nos deixaram escolher qualquer espaço na praça de alimentação. Foi ali que nasceu a primeira unidade da Fast Açaí, em 2012.”
O modelo de negócio caiu no gosto do público, e a expansão foi inevitável. Mas Pedro queria ir além. Ele decidiu apostar em uma estrutura até então inédita no Brasil: um container de alimentação. “Fomos a primeira empresa do país a lançar um container de alimentação. Hoje, várias marcas grandes adotaram esse formato, mas fomos pioneiros”, destaca.
Atualmente, a Fast Açaí conta com 60 unidades espalhadas pelo Brasil, nos estados de Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Além disso, a marca já ultrapassou as fronteiras nacionais. “Hoje, exportamos para os Estados Unidos e Angola. Antes da pandemia, estávamos negociando com 13 países, mas, infelizmente, a crise sanitária afetou nossos planos”, revela Pedro.
Novos projetos e filosofia empresarial
Mesmo consolidado no mercado, Pedro segue atento às tendências e já prepara um novo empreendimento. “Atualmente, estou desenvolvendo a Fast Salgados. A ideia é oferecer um produto rápido, mas sempre com qualidade, assim como fizemos com o açaí”, antecipa.
Para ele, o segredo do sucesso está em três pilares: crescimento, transparência e segurança alimentar. “Sempre buscamos crescer de forma responsável, mantendo um padrão de qualidade e respeito com nossos clientes e parceiros”, afirma. Aos 60 anos, Pedro continua a inovar. Seu objetivo é continuar transformando o setor de alimentação rápida e levando sua marca para cada vez mais lugares. “O mercado está sempre mudando e nós temos que evoluir com ele.
Fotos: Cristiano Borges
“Fomos a primeira empresa do país a lançar um container de alimentação. Hoje, várias marcas grandes adotaram esse formato, mas fomos pioneiros”