Em meio à pandemia, em agosto de 2020, foi inaugurada a área internacional do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Apesar do terminal já oficializado pela Agência Nacional de Aviação (ANAC) a receber voos de outros países, nada aconteceu. Naturalmente, no primeiro momento, as companhias não anunciaram os voos diretos para Goiânia por conta da pandemia. Mas, com a retomada e mais de um ano depois, fica a pergunta, quando o terminal goiano vai entrar na rota dos voos internacionais?
Na medida em que as companhias aéreas que operam no Brasil vão anunciando suas novas malhas de voos – domésticos e internacionais – percebe-se que Goiânia, quando traz alguma novidade, aqui ou ali, são apenas nas operações internas, mas em nenhum voo internacional.
Especialistas apontaram que a atual pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Goiânia, com 2,5 quilômetros, acaba sendo um limitador. O ideal seria a pista ter pelo menos 3 quilômetros, que comporta aeronaves ‘wide-body aircraft’ (aeronaves de fuselagem larga), como Airbus A330. Por exemplo, a TAP opera o A330 para Guarulhos, Brasília, Confins; além de operar com A321 as rotas menores como Belém, Manaus, Fortaleza, Recife. A LATAM atua com o B767 os voos, entre outros, do Brasil para Johanesburgo, só para citar um exemplo. Todos estes voos, são com aviões que precisam de pistas de, pelo menos, 3 quilômetros.
Por enquanto, a liberação internacional do aeroporto serve a voos executivos – jatos privados. Para atrair os voos comerciais internacionais, possivelmente dependa de investimentos, como ampliar a pista e elevar o finger (as plataformas do terminal não estão na altura correta dos aviões maiores que operam voos internacionais para o devido acoplamento, além do espaço para deslocamento – asas são maiores – sem risco de colisões).
Segundo a Anac, o Santa Genoveva tem capacidade para 6,3 milhões de passageiros por ano. Em 2019 (pré-pandemia), mais de 29 mil voos movimentaram 3 milhões de passageiros. Com uma pista de 2,5 quilômetros, o terminal tem capacidade para receber aeronaves de porte do Boeing 737. A Gol tem algumas operações internacionais com este modelo nos países das Américas (do Sul, Central e Norte) e seria uma das opções, mas, a recente atualização da sua malha, Goiânia só entrou nas operações domésticas. A esperança está na ação ativa do novo concessionário, a companhia CPC (do Grupo CCR), que já assinou a concessão de 30 anos.